Se a gente analisar bem, os erros que cometemos durante o curso de nossa vida surgem em dois contextos: quando somos inexperientes ou quando possuímos excesso de confiança e sensação de controle da situação.

Queria começar o meu texto com essa reflexão para falar sobre a eleição da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Várzea Alegre para o biênio 2025-2026.
Daí faço a seguinte a reflexão: por que tomar para si o protagonismo de um assunto que é de responsabilidade dos vereadores do nosso município?

Acredito que cabe única e exclusivamente aos vereadores eleitos conduzirem esse processo, preservando a tão defendida independência entre os poderes legislativo e executivo. Ponto.

O momento delicado que a Situação vive, devido a acordos de eleições da Câmara Municipal sem a devida participação de todos aqueles que merecem ser consultados, só ratifica esse mesmo contexto de centralização na escolha do candidato a prefeito, eleito com baixíssima margem de votos no último dia 06 de outubro, configurando-se uma verdadeira Vitória de Pirro.

A experiência da eleição majoritária parece não ter servido de lição.

E falando nesta eleição, a Oposição apesar de ter se encaminhado para um início de reestruturação sofre um ataque vindo de suas próprias trincheiras. O conhecidíssimo Fogo Amigo.

Lembrei-me de um curso de liderança que fiz em 2010 que dizia que o falso líder é aquele que na vitória se diz o único responsável e na derrota transfere a culpa para os outros.

Foi mais ou menos isso que aconteceu. O resultado histórico, onde foram computados os esforços e qualidades de duas excelentes candidatas, 2 ex-prefeitos, ex-candidatos, vereadores de mandato, lideranças etc. e, sobretudo, a vontade popular por mudança conflagraram numa votação bastante expressiva que deve ser reconhecida como um esforço coletivo e não individual.

Fica a lição para o momento: Eleição de Câmara é assunto para os vereadores. Quem vai só, chega mais rápido. Quem segue em grupo chega mais longe.