Em discurso emocionado Dra. Luciana levanta expectativa de ser novamente candidata a prefeita

Por: redação EscotilhaNews, às 19h30, de 23/10/2024

Dra. Luciana Rolim agradece, em sessão da Câmara, os votos recebidos nas eleições

Durante discurso no Grande Expediente na 12ª Sessão Ordinária no 2° Período Legislativo, nesta quarta-feira (23), a ex-candidata a prefeita pelo município de Várzea Alegre, Dra. Luciana Rolim (PSB), derrotada com pequena diferença de 459 votos nas últimas eleições municipais, fez discurso emocionado e deixou no ar a possibilidade de continuar a luta por dias melhores para Várzea Alegre, lançando a expectativa de ser novamente candidata nas próximas eleições municipais.

Agradeço novamente a cada um de vocês que estiveram ao meu lado”, disse em um dos trechos de sua fala.

Passadas as eleições, a Dra. Luciana caminha para o final do seu segundo mandato de Vereadora pelo município de Várzea Alegre. Entretanto, dentro da oposição, a médica se transformou na mais expressiva esperança de vitória para as próximas eleições municipais em 2028.

Minha gratidão a cada um de vocês que acreditou em mim e no meu potencial! Deus no comando sempre!”, mencionou a ex-candidata a prefeita Dra. Luciana em sua página do Instagram.

Eleições 2024

Em disputa acirrada, mesmo após a divulgação de uma pesquisa duvidosa e questionada na justiça, impugnada pelo Juiz eleitoral e posteriormente autorizada a divulgação em instância superior, que apontava como resultado Flavinho com 54,4% e Dra. Luciana Rolim com 30,9% – em uma larga diferença de 23,5% para o candidato Flavinho – o resultado final desmentiu o que os números divulgados diziam, e as eleições terminaram com uma diferença de apenas 1,82% para o candidato vencedor.

Pesquisas

Embora a intenção central das pesquisas eleitorais seja informar aos eleitores e candidatos a situação de momento do pleito eleitoral, nos últimos anos essas têm sido usadas para “fins eleitoreiros”.

As pesquisas passaram a funcionar como um instrumento de publicidade dos candidatos, que as usam com o fito de passar a imagem de sucesso de suas campanhas, visando uma maior adesão das pessoas ao seu projeto.

Nas últimas eleições municipais em Várzea Alegre foi possível observarmos uma pesquisa que apresentou cenário completamente adverso, com diferença exorbitante entre seus números.

Não haveria nenhum problema se essa pesquisa tivesse mostrado a real situação do processo eleitoral, mas não foi o que aconteceu, pelo contrário, ela trouxe um cenário que, após as eleições, se provou completamente equivocado.

É fato notório que a apresentação de dados fraudulentos e distorcidos da realidade trazem grandes impactos ao procedimento eleitoral. A transparência das pesquisas é de suma importância para que os candidatos projetem os caminhos que suas campanhas devem seguir, e a fraude nessas pode acabar os levando a estratégias equivocadas. Além disso, podem desestimular os eleitores de certos candidatos, que acabam seguindo o “efeito manada” e votando naqueles candidatos que aparecem na frente nas pesquisas.

A verdade é que a Justiça Eleitoral precisa se debruçar o quanto antes sobre esse tema. A legislação até criminaliza tal conduta, prevendo a possibilidade de detenção por 6 meses a 1 ano, com a possibilidade de conversão em trabalho comunitário pelo mesmo prazo e multa (art. 34, § 2º, Lei Federal nº9.504/97), no entanto, é preciso mais.

Uma maior fiscalização nos institutos que realizam essas pesquisas é, sem dúvidas, uma medida necessária. A cada eleição que passa surgem novas organizações responsáveis pela divulgação de dados da corrida eleitoral, inclusive aquelas que sequer prestavam esse tipo de serviço anteriormente.

Em Várzea Alegre, a pesquisa divulgada, contrastada drasticamente com o resultado final das eleições, deixou muitas certezas, dentre elas que essa arma já não terá credibilidade em processos eleitorais vindouros. Ao contrário, como aconteceu no município, quando eleitores, principalmente do lado que contratou a pesquisa e que a divulgou, neste caso a situação, se usada poderá ser uma arma de efeito contrário.

Eleitores da situação, por acreditarem na pesquisa divulgada, apostaram desde dinheiro, gado, motos, carros e outros tipos de bens. Esse fato causou desgaste e revolta aos que perderam por terem acreditado na pesquisa, servindo de reflexão para quem aposta e principalmente para aquele grupo que contrata uma pesquisa exigindo resultado previamente combinado. Faca de dois gumes. Veremos.

Foto: divulgação

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