Pesquisas erram intencionalmente para favorecer candidatos

Por: Joaquim Anderson, em 3/10/2024, às 15h55

As pesquisas eleitorais, ferramenta amplamente utilizada para aferir o cenário político, são constantemente alvo de debates sobre sua credibilidade. Embora sejam um instrumento essencial para entender o comportamento do eleitorado durante o período eleitoral, sua aplicação, quando feita de forma incorreta, pode distorcer a realidade e até ser considerada criminosa. E isto quando não são feitas com uma metodologia transparente, com a intenção de moldar emocionalmente o eleitorado.

Casos de manipulação em levantamentos de dados não são novidade no Brasil. No Ceará, mais especificamente no município de Várzea Alegre, essa realidade também se faz presente. Um exemplo emblemático ocorreu na eleição de 2020, quando os candidatos Zé Helder, Ribamar e Capitão Horizonte disputavam o cargo de prefeito.

À época, uma pesquisa realizada pelo mesmo instituto que hoje aponta a vitória de Flavinho, indicava que Ribamar tinha apenas 17,3% das intenções de voto. Contudo, ao final da apuração, a realidade nas urnas surpreendeu: Ribamar alcançou 36% dos votos, um aumento de 19 pontos percentuais em relação à previsão inicial.

Com base nessa discrepância entre o levantamento e o resultado final, surgem questionamentos quanto à precisão da pesquisa realizada pelo mesmo instituto neste ano, que aponta Flavinho com 54% das intenções de voto e a Dra. Luciana com 31%. Considerando o erro de 19 pontos percentuais na eleição passada, há quem sugira que Dra. Luciana possa, na verdade, estar mais próxima de uma situação de empate técnico.

A análise que circula entre apoiadores da candidata sugere que, ao somar os 31% apontados na pesquisa com o suposto erro de 19% da eleição anterior, Dra. Luciana poderia alcançar até 50% das intenções de voto, colocando-a em um patamar de disputa acirrada com seu principal adversário.

Esse cenário levanta um alerta para a necessidade de maior rigor e transparência na condução de pesquisas eleitorais, principalmente em momentos decisivos, como o atual.

São muitos os exemplos de cidades vizinhas que, já em 2024, tiveram a divulgação de pesquisas com intenção de ludibriar o eleitor barradas, prova de que é uma ferramenta que, quando mal utilizada, pode influenciar negativamente os rumos de um município.

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