O Preço da Verdade: Quando o Jornalismo Enfrenta o Poder
E a lição que fica é clara: nem todo mundo se vende, porque nem todo mundo tem preço
Na política, dizer a verdade tem seu preço. Quem não se curva aos interesses dos poderosos paga com ataques, ironias e tentativas de desmoralização. Foi exatamente isso que aconteceu em Várzea Alegre.
Em 2024, durante um podcast na Rádio Escotilha, o então prefeito Zé Helder não economizou elogios ao trabalho jornalístico do Capitão Horizonte. Reconheceu sua seriedade, sua independência e a importância de sua atuação no jornalismo local. Naquele momento, Horizonte mantinha uma postura neutra em relação às eleições. Era um jornalista imparcial, e Zé queria conquistá-lo.
A conjuntura política mudou. A oposição alterou seu candidato, e Horizonte, baseado em sua própria análise e convicção, decidiu apoiar a nova candidata. O prefeito, que antes exaltava a imparcialidade, revelou sua verdadeira face: quem não está do seu lado, está contra ele. No último sábado, durante uma entrevista em sua própria rádio, Zé Helder destilou sarcasmo e insinuações contra Horizonte, chamando-o de jornalista que "aumenta as coisas". No melhor estilo dissimulado, ainda mandou um "abraço" ao jornalista. Depois, fez um recorte da parte que ataca Horizonte e publicou em seu Instagram.
Mas a grande questão é: por que tanto ódio? A resposta é simples. Pela primeira vez, Várzea Alegre tem um meio de comunicação que não se vendeu. O ex-prefeito controla quase todos os veículos de imprensa do município. Neles, manda e desmanda, censura e orienta. No entanto, apesar das muitas promessas e tentativas, não conseguiu comprar o Capitão Horizonte. Como se todo cidadão tivesse um preço na política.
A Rádio Escotilha segue sendo um dos poucos espaços onde as notícias são divulgadas sem filtros. Muitas informações que são ignoradas nos outros veículos só são publicadas lá. E, quando finalmente são noticiadas pelos demais, já estão amenizadas, maquiadas, diluídas em um discurso controlado.
Zé Helder precisa entender que tudo passa. Seu auge já ficou para trás. Seu modelo de governar pela pressão e pelo sufocamento perdeu força. A sociedade mudou. A liberdade de imprensa se fortalece quando jornalistas se recusam a serem comprados. E a lição que fica é clara: nem todo mundo se vende, porque nem todo mundo tem preço.
Por Capitão Horizonte