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Colunista Paulo Costa

O Carnaval

Quando a festa acaba e os confetes são varridos, a dura realidade volta e em Várzea Alegre, como em tantas cidades, a saúde some, a segurança enfraquece, e o cidadão é deixado à própria sorte.

Publicado em 06/03/2025 22:34
Por Redação Escotilha
Em Opinião
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Passamos por dias de euforia, de prazeres fugazes, de alimentar o ego e justificar excessos sob o pretexto da festa, assim, o Carnaval chega como um grande palco onde os excessos são aplaudidos e os limites dissolvidos na desculpa da folia.

Costumo chamar de surto coletivo onde tudo é permitido, e a culpa se fantasia de liberdade. Enquanto isso, as ambulâncias correm 24 horas, os médicos e enfermeiros estão a postos, porque para as festas mundanas, a estrutura aparece.

Mas e nos outros dias do ano? O cidadão de Várzea Alegre, que luta por saúde, por segurança, por dignidade, encontra portas fechadas, filas intermináveis e a indiferença do poder público.

A vida segue, a realidade bate, e a folia se desfaz como confete ao vento. Ambulâncias e equipes médicas trabalham sem descanso, porque para o espetáculo da farra, há sempre estrutura. Mas quando a festa acaba e os confetes são varridos, a dura realidade volta e em Várzea Alegre, como em tantas cidades, a saúde some, a segurança enfraquece, e o cidadão é deixado à própria sorte. O que não é urgência na festa, vira descaso no dia a dia.

Porque para curar as consequências do Carnaval, há socorro imediato. Mas para cuidar da vida real, só a luta diária e o esquecimento do poder público.

Por Paulo Costa