Retorno polêmico expõe falhas éticas no poder legislativo
Caso Maiko do Chapéu revela fragilidade das punições e cobra urgência na reforma do Código de Ética da Câmara.

A volta do vereador Maiko do Chapéu à Câmara Municipal de Várzea Alegre, após ter sido afastado por agressão à sua ex-namorada, traz à tona não apenas um caso individual, mas um alerta sobre a fragilidade dos mecanismos de responsabilização política e moral em nosso município.
Não se trata apenas de um erro pessoal ou de um processo jurídico em andamento. Trata-se de um representante do povo, ocupando uma cadeira de poder, após um episódio grave de violência contra a mulher — tema que exige tolerância zero por parte da sociedade e de suas instituições.
Nesse contexto, é urgente a revisão e atualização da legislação interna da Câmara de Várzea Alegre, especialmente o seu Código de Ética e Regimento Interno. A atual estrutura normativa não tem se mostrado capaz de responder de forma firme e transparente a situações como essa. É preciso que a Câmara tenha dispositivos claros sobre afastamentos, punições e critérios éticos, para que a confiança da população não seja ainda mais abalada.
A política precisa de renovação, mas também de coerência moral. O retorno de um parlamentar envolvido em denúncia grave sem que haja uma resposta institucional enfraquece a imagem da Casa Legislativa e transmite a mensagem errada à sociedade.
Se queremos uma Várzea Alegre mais justa e segura, é hora de cobrar compromisso, atualização das normas e respeito à dignidade humana. Afinal, aqui, a gente fala a verdade, sem filtro — na lata!
Por Capitão Horizonte