Feirantes de Várzea Alegre protestam contra mudança de local da Feira Livre
Feirantes de Várzea Alegre protestam contra a transferência da Feira Livre para um local mais afastado, alegando falta de diálogo e prejuízos ao comércio.
A decisão da Prefeitura de Várzea Alegre de transferir a Feira Livre Popular para um novo local vem gerando insatisfação entre os feirantes. A mudança, motivada pela inauguração do Novo Mercado Público, estabelece que, a partir de 7 de dezembro, será proibida a ocupação de ambulantes, instalação de barracas e estacionamento de veículos para venda de produtos na Rua Murilo Ribeiro Teixeira e em vias adjacentes aos sábados.
De acordo com comunicado oficial emitido pela gestão municipal, a nova área designada para a feira será a Rua Antônio Alves de Lima, localizada ao lado do Centro Social Urbano (CSU). O mesmo documento orienta os feirantes a procurar o Núcleo de Administração Tributária (NAT) para obter informações sobre as taxas que serão cobradas pelo uso do novo espaço.
A mudança, no entanto, não foi bem recebida por boa parte dos trabalhadores da feira. Reclamações sobre a distância do novo local em relação ao centro da cidade, tradicional ponto de grande fluxo de consumidores aos sábados, foram frequentes. Muitos alegam que a nova localização compromete o movimento e pode afetar diretamente a renda de quem depende das vendas semanais.
Falta de Diálogo e Críticas à Gestão
Um dos feirantes, que preferiu não se identificar por medo de represálias, classificou a decisão como autoritária.
"Foi uma decisão ditatorial, não houve diálogo. Precisamos ser ouvidos e que nos apresentem outras opções. Levar a gente para o CSU, longe de tudo, é uma covardia", desabafou. Ele também apontou que o Novo Mercado Público só começou a operar após as eleições municipais, insinuando um possível cálculo político por parte da gestão.
Outra feirante, que trabalha na feira há 18 anos, expressou indignação com a mudança. Segundo ela, sua ligação com o comércio começou na infância, quando acompanhava o pai nas feiras. "Desde que me entendo por gente, estou nas feiras. Meu pai me levava, e hoje continuo o trabalho dele. Só no centro passei 18 anos. Agora, nos jogam para um lugar isolado, longe do movimento", lamentou.
Impactos e Reações
Além das críticas, a principal preocupação dos feirantes é a redução do espaço na nova localização e a provável queda no número de clientes. Para muitos, o centro da cidade é não apenas um ponto de vendas, mas um local estratégico para atrair consumidores de diferentes bairros e regiões.
Até o momento, a prefeitura não se pronunciou sobre as críticas, nem apresentou um plano para mitigar os impactos da mudança. Enquanto isso, os feirantes seguem buscando alternativas para manter seus negócios e pressionando por uma solução que contemple suas demandas.
A novela sobre a mudança da Feira Livre Popular de Várzea Alegre parece que está só começando, com reflexos que podem ir além do comércio local, afetando diretamente a dinâmica econômica e social da cidade.
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