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O Juízo da 18ª Vara Criminal de Fortaleza condenou, no último dia 27 de novembro, Kalleby de Sousa Meneses pelos crimes de furto qualificado e maus-tratos contra animais, resultando na morte de Bryan, um buldogue francês de três anos e sete meses. A decisão acolheu denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), após investigação dos fatos ocorridos na madrugada de 8 de janeiro de 2024, no bairro Cocó, na capital cearense.

Crime no petshop e morte de Bryan

De acordo com a denúncia aditada pelo promotor de Justiça Marcus Amorim, Kalleby invadiu um petshop localizado no bairro Cocó e furtou diversos itens do estabelecimento, incluindo uma máquina de tosa, um aparelho celular, um kit de tesouras e coleiras. Além disso, o réu levou Bryan, um buldogue francês que estava hospedado no local há 15 dias.

As câmeras de segurança do petshop registraram toda a ação, permitindo a identificação do autor dos crimes. Após o furto, Kalleby teria passado o dia tentando vender o cão. Sem sucesso, ele abandonou o animal amarrado em um galpão de uma oficina mecânica desativada, localizada na Avenida Engenheiro Santana Júnior, no bairro Papicu. Na noite seguinte, Bryan foi encontrado sem vida.

O desaparecimento do cão gerou grande comoção nas redes sociais, após ser registrado em boletim de ocorrência. Os bens furtados do petshop, no entanto, não foram recuperados.

Sentença e condenação

Na sentença, o réu foi condenado pelos crimes de furto qualificado, devido ao arrombamento, e maus-tratos a animal, com resultado morte, conforme previsto na Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98). A pena aplicada foi de cinco anos, cinco meses e vinte dias de reclusão, em regime semiaberto, além do pagamento de multa.

Adicionalmente, Kalleby foi condenado a indenizar os tutores de Bryan em dois salários mínimos, a título de danos morais.

Impacto do caso

A morte de Bryan e a violência praticada contra o animal despertaram indignação pública, reacendendo debates sobre a necessidade de penas mais severas para crimes envolvendo maus-tratos a animais. O caso também destacou a importância de sistemas de segurança, como câmeras, para auxiliar na identificação de suspeitos e resolução de crimes.

O Ministério Público ressaltou que a decisão judicial reforça o compromisso do sistema de justiça em combater a violência contra animais e proteger o patrimônio de estabelecimentos comerciais e cidadãos.