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A ex-prefeita de Canindé, Rozário Ximenes, denunciou ter recebido ameaças de morte depois de trazer à tona um suposto esquema de financiamento ilegal de campanhas eleitorais que envolveria 51 prefeituras cearenses. A denúncia foi formalizada ao Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal (PF).

De acordo com informações divulgadas pelo Estadão, Rozário pretende registrar um Boletim de Ocorrência (BO) e solicitar medidas protetivas para garantir sua segurança. Em suas declarações, a ex-prefeita afirmou que não se deixará intimidar e seguirá contribuindo com as investigações. "Não tenho medo, eu vou até o fim. Vai cair muita gente", disse ela em entrevista.

Segundo Rozário Ximenes, o esquema seria liderado pelo prefeito eleito de Choró, Bebeto Queiroz, que está atualmente foragido da Justiça. O financiamento ilegal teria como base o desvio de emendas parlamentares, com a participação de seis deputados federais e cerca de uma dezena de deputados estaduais.

Além disso, os recursos desviados seriam destinados a custear campanhas eleitorais, configurando crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O caso, que já é alvo de investigações em diversas esferas, está sendo analisado também pelo Supremo Tribunal Federal (STF), devido ao suposto envolvimento de parlamentares com foro privilegiado.

Rozário Ximenes enfatizou sua determinação em colaborar com as autoridades, mesmo diante das ameaças.

"Essas intimidações não vão me parar. Estou comprometida em expor a verdade e colaborar para que a Justiça seja feita", reforçou a ex-prefeita.

O esquema denunciado tem gerado grande repercussão no cenário político cearense, com pressões para que as investigações avancem rapidamente. Até o momento, as autoridades responsáveis não divulgaram detalhes adicionais sobre as ameaças ou sobre os desdobramentos do caso.