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A Polícia Civil de Goiás deflagrou, na manhã da última quinta-feira (10), a operação “Honorários do Crime”, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa acusada de aplicar golpes em clientes de escritórios de advocacia. Os suspeitos, localizados em Fortaleza, no Ceará, se passavam por advogados e entravam em contato com as vítimas, especialmente residentes de Rio Verde (GO), por meio de aplicativos de mensagens, como o WhatsApp. Eles solicitavam quantias em dinheiro sob o pretexto de custear despesas judiciais relacionadas a processos em andamento.

Segundo as investigações, o golpe consistia em monitorar ações judiciais reais e, a partir dessas informações, os falsos advogados entravam em contato com as vítimas se apresentando como representantes legítimos dos escritórios. Com linguagem técnica e uso indevido de nomes reais de profissionais, os criminosos convenciam os clientes a realizar transferências bancárias para contas laranjas. Estima-se que só em Rio Verde, o prejuízo ultrapasse R$ 60 mil.

Ao todo, a Justiça expediu 26 mandados judiciais: sendo três prisões preventivas, 10 prisões temporárias e 13 mandados de busca e apreensão, todos cumpridos com o apoio da Polícia Civil do Ceará. Também foi determinado o bloqueio de contas bancárias dos suspeitos e o sequestro de bens obtidos por meio da fraude.

Durante o cumprimento dos mandados, 10 pessoas foram presas. As autoridades apreenderam diversos celulares, cartões bancários e um veículo, que poderá ser utilizado no processo de ressarcimento às vítimas.

Os investigados poderão responder pelos crimes de estelionato qualificado por meio eletrônico e associação criminosa.

Em nota oficial, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Ceará (OAB-CE) declarou apoio integral à operação e reforçou seu compromisso com o combate às fraudes que envolvem o uso indevido da imagem da advocacia. A entidade também se colocou à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.

A OAB-CE fez ainda um alerta à sociedade: em caso de contato por redes sociais ou WhatsApp supostamente realizado por um advogado, o recomendado é que o cliente confirme a veracidade da informação pelos canais oficiais dos escritórios de advocacia ou, preferencialmente, compareça pessoalmente ao local para esclarecimentos.

A Polícia Civil destaca que as investigações continuam com o objetivo de identificar outros envolvidos e ampliar o rastreamento dos valores desviados, visando à reparação dos danos causados às vítimas.

Foto: Divulgação/Polícia Civil