MMVA critica manifestações políticas oportunistas após repercussão do caso “Maiko do Chapéu”
Movimento critica lideranças de Várzea Alegre e cobra ações concretas no combate à violência contra a mulher

O Movimento das Mulheres Varzealegrenses (MMVA) publicou nessa quinta-feira (03) uma nota contundente em suas redes sociais, demonstrando “total INDIGNAÇÃO” diante das recentes manifestações públicas de líderes e políticos da cidade após a repercussão do caso conhecido como “Maiko do Chapéu”.
Segundo o grupo, as declarações que surgiram apenas após a ampla visibilidade do caso nas redes sociais e na imprensa seriam meramente simbólicas e descoladas da realidade. Para o MMVA, o apoio às vítimas deve se materializar em ações práticas e não em discursos superficiais.
“O apoio à vítima e o repúdio à violência contra a mulher devem ser manifestados na prática, no dia a dia, no acolhimento e no suporte jurídico, psicológico e social (o que nosso grupo vem fazendo) e não em notas inúteis nas redes sociais para causar uma (pseudo) impressão de solidariedade e apoio à causa da mulher”, diz um dos trechos da nota.
A entidade também defendeu o papel da imprensa na mobilização social e criticou o oportunismo de certas figuras públicas que, segundo o movimento, tentam se apropriar politicamente da situação. “Fica notória a hipocrisia e a tentativa de apropriar-se da situação de maneira indevida e com intenções escusas”, afirma a nota.
O MMVA destacou que tem atuado silenciosamente em diversos casos de violência de gênero e que, diante do clamor popular, em breve a presidente do movimento deverá se pronunciar publicamente para esclarecer os bastidores por trás de tantas declarações públicas que, segundo o grupo, “não correspondem à realidade”.
“Não permitiremos que a luta contra a violência de gênero seja objeto de um jogo de interesses políticos e/ou de marketing. Nossa causa é maior, porque custa a vida de nossas mulheres e o futuro de nossas meninas!”, finaliza a nota.
A publicação do MMVA gerou grande repercussão nas redes sociais e acirrou o debate local sobre a autenticidade do envolvimento político com causas sociais, especialmente no contexto da luta contra a violência de gênero em Várzea Alegre.
Somente agora, após quase sete meses das agressões sofridas pela vítima no caso “Maiko do Chapéu”, é que algumas das principais lideranças políticas de Várzea Alegre se manifestaram publicamente. O ex-prefeito Zé Helder, o atual prefeito Flavinho, a primeira-dama, o vice-prefeito Antônio Neto, e as vereadoras Ciete do Sindicato e Menésia Simeão divulgaram uma nota de repúdio nas redes sociais. A demora na manifestação e o tom considerado tardio geraram forte repercussão negativa entre os internautas, que criticaram o silêncio prolongado das autoridades e questionaram a autenticidade do posicionamento.
Nota:
"O MMVA manifesta total INDIGNAÇÃO perante às notas públicas emitidas por alguns líderes e políticos de Várzea Alegre após a repercussão midiática do caso “Maiko do Chapéu”.
O apoio à vítima e o repúdio à violência contra a mulher devem ser manifestados na prática, no dia a dia, no acolhimento e no suporte jurídico, psicológico e social (o que nosso grupo vem fazendo) e não em notas inúteis nas redes sociais para causar uma (pseudo) impressão de solidariedade e apoio à causa da mulher.
Salientamos que é por demais relevante o papel da IMPRENSA no fortalecimento e divulgação das campanhas por JUSTIÇA, sendo urgente e necessário o fortalecimento e união das redes de apoio à causa feminina, porém, a partir do momento que pessoas públicas somente se manifestam após a grande repercussão dos fatos, fica notória a hipocrisia e a tentativa de apropriar-se da situação de maneira indevida e com intenções escusas.
Por tais motivos, nos mantivemos trabalhando em silêncio no caso mencionado e em outros casos que acompanhamos, porém, diante do inevitável clamor popular, em momento breve o MMVA, por intermédio de sua presidente, se manifestará explicando à sociedade varzealegrense o que tem por trás de tantas notas de “apoio e solidariedade” que não correspondem à realidade.
Não permitiremos que a luta contra a violência de gênero seja objeto de um jogo de interesses políticos e-/ou de marketing.
Foto: Redes Sociais
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