Sentada na calçada, após assistir o por do sol, observei com entusiasmo o que estava em minha volta/
Observei o azul do céu/ os ruídos da natureza, os pássaros cantando e o barulho dos meus pensamentos/
Estava sozinha, porém não solitária, pois estava em minha companhia, essa velha companheira que nunca me abandona./
Prendi os cabelos com leveza, passei as mãos no rosto, e senti a minha existência/
Não há espaço para a solidão, mas para o silêncio necessário que a alma precisa/
Não vivo presa somente no meu mundo, mas atenta no próprio universo, sondando sobre o que preciso, para buscar alcançar/
O que falta em mim, só eu mesma posso saber, e só eu mesma poderei suprir/
Poderia ter sido um final de tarde solitário, pois não tinha ninguém comigo, concentrado nas minhas ideias/
Mas eu estava lá, por completa, com a resiliência necessária para me complementar.
Daci França – 02/05/2023