Utopia
A pertinaz de um sonho, que não passou de utopia/
Incapaz de realizar-se, por não pertencer somente a mim/
Transcendentes emoções, se desfazem, como nuvens em ventanias/
Formando estilhaços de lembranças vagas, incapazes de se harmonizar/
A nobreza era esplêndida, de um coração encantado, preso a um sonho, entrelaçado na alma/
Que vivia na solitude, por não ser compartilhado, existindo o anseio, que se tornasse realidade/
A força sublime dos sentimentos, fazia-me notar/
Que aquele sonho não passara de utopia, pois aquela perfeição, me fazia desconfiar/
Na estrada, enquanto caminhava, o pó cobria-me os pés/
Parecia próximo a chegada, mas quando percebi, já estava acordada.
Dacilene de França