Com histórico de “cultura da paz”, senador Eduardo Girão convida presidente ucraniano para vir ao Brasil debater as relações diplomáticas

O senador da república, Eduardo Girão (NOVO-CE), recém-empossado membro da Comissão de Relações Exteriores do Senado, apresentou requerimento convidando o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, a visitar o Brasil. Em sua avaliação, a visita de Zelensky é uma sinalização de equilíbrio aos fatos que cercam a atual conjuntura estremecida nas relações diplomáticas entre os dois países. Girão cita ainda a “cultura da paz” ao justificar seu convite à Zelensky e ressalta que esta é uma oportunidade para se debater “a dificuldade que a Ucrânia tem enfrentado em estabelecer relações com Brasil”.  

O convite apresentado na semana passada por Girão se mostra ainda mais pertinente frente a morosidade do governo brasileiro em convidar o chanceler ucraniano, Dmitry Kuleba, para visitar o País, enquanto o chanceler russo Sergei Lavrov já foi recebido duas vezes pelo governo Lula em menos de dois anos. O Itamaraty limita-se a dizer que seu posicionamento sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia é de “neutralidade”. 

O embaixador da Ucrânia no Brasil, Andrei Melnyk, utilizou suas redes sociais para a agradecer ao senador o convite enviado em requerimento. Em resposta, Eduardo Girão expressou formalmente pedido de desculpa ao povo ucraniano pelo que ele considera ser um “erro diplomático do atual governo” e ressaltou que o “Brasil sempre foi reconhecido pela neutralidade e promoção da paz no cenário internacional”. O requerimento enviado por Girão, convidando Zelensky ao Brasil, está subscrito por outros nove senadores da república. 

“Os dois pesos e duas medidas do Governo Lula, que vem abertamente abrindo mão do histórico de neutralidade e pacificação da diplomacia brasileira, é flagrante quando vemos a desproporcionalidade da atenção conferida aos representantes de Rússia e Ucrânia. Enquanto o chanceler da Rússia já foi recebido por Lula duas vezes, em menos de um ano, o embaixador da Ucrânia no Brasil amarga mais de seis meses de espera – apesar de diversos contatos com nosso Ministério das Relações Exteriores – para viabilizar a visita do chanceler ucraniano”, destacou o senador da república, Eduardo Girão.  

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