Situação cômoda! Simples assim.
Se a gestão de Evandro for positiva, certamente vão reivindicar que estavam do lado certo. Mas, se for um desastre, vão dizer que não assumiram cargos e se mantiveram independentes.
Pouco falo do meu passado, mas já fui um jovem cheio de entusiasmo. Trabalhei como educador social em Fortaleza, numa época em que sequer se falava em Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Participei ativamente dos fóruns dos Direitos da Criança e do Adolescente (DCA). Coordenei, ainda que por curto período, o Movimento Nacional dos Meninos e Meninas de Rua na Comissão Fortaleza.
Depois, entrei no universo das políticas públicas, atuando nos conselhos municipais e estaduais. Cheguei a presidir, por duas gestões, o Conselho Municipal (COMDICA), onde, durante minha gestão, ajudamos na implantação dos Conselhos Tutelares.
Minha trajetória política sempre deixou claro meu alinhamento à esquerda. Inclusive, cheguei a me filiar ao PT, num tempo em que ainda acreditava nos sonhos de uma sociedade mais justa.
Dito isso, creio ter certa liberdade para fazer críticas à esquerda. Afinal, já estive lá. Mas por que essa introdução? Simples: para expor como alguns partidos manipulam seus simpatizantes e filiados.
Vejamos o caso do PSOL. No segundo turno, entraram de cabeça na campanha de Leitão, mas agora, surpreendentemente, adotam uma posição de neutralidade. Que conveniente, não? Assumam um lado, mantenham a coerência!
Esse é o tipo de esperteza que beira o cômico. Se a gestão de Evandro for positiva, certamente vão reivindicar que estavam do lado certo. Mas, se for um desastre, vão dizer que não assumiram cargos e se mantiveram independentes.
O que dizer? É confortável, é cômodo.
Pense nisso.
A vida exige coragem.