A recente tentativa e efetivação da revogação da famigerada taxa do lixo por parte de Evandro Leitão, prefeito de Fortaleza, e Oscar Rodrigues, prefeito de Sobral, foi um importante passo para aliviar o desgaste político que essa medida havia gerado. A população, já sobrecarregada por impostos e taxas, muitas vezes não enxerga o retorno prático dessas cobranças em forma de políticas públicas eficazes. Nesse contexto, os prefeitos demonstraram sensibilidade ao recuar de uma medida impopular, o que, sem dúvida, fortalece o diálogo entre gestores e cidadãos. Entretanto, na contramão desse gesto, o governo federal continua a impor medidas controversas, como a taxação do Pix e das transações via cartão de crédito, sob o argumento de ampliar a transparência fiscal. Na prática, tais medidas acabam representando mais um ônus para o cidadão comum e as pequenas empresas, sem que haja garantias de que os recursos arrecadados serão utilizados de forma eficiente e em benefício da sociedade. O histórico recente de prefeitos derrotados, como Sarto em Fortaleza e Ivo Gomes em Sobral, deveria servir de alerta. A insatisfação popular em relação à má gestão de recursos e ao excesso de tributações é um sinal claro de que os governantes precisam adotar práticas mais responsáveis e transparentes. No entanto, a insistência em soluções paliativas e impopulares sugere que o aprendizado tem sido negligenciado em esferas mais altas do poder. É necessário refletir sobre como políticas públicas podem ser elaboradas de forma mais eficiente e justa, equilibrando as demandas fiscais com o impacto social. Governar exige coragem, mas também discernimento para compreender as necessidades e os limites da população. O momento pede que os gestores aprendam com os exemplos negativos do passado, sob pena de colher os mesmos resultados.Por Hamillton Vale

O histórico recente de prefeitos derrotados, como Sarto em Fortaleza e Ivo Gomes em Sobral, deveria servir de alerta

Impacto de tributações impopulares e gestão pública responsável.

O prefeito eleito de Santa Quitéria, Sr. Braguinha, do PSB, foi impedido de assumir o cargo por suspeitas de envolvimento com o crime organizado. Sim, isso mesmo: crime organizado. Algo que, aliás, está se tornando quase uma tradição no cenário político, seja estadual ou nacional. Basta escavar um pouco e, surpresa, os podres aparecem!O cenário atual é quase uma sátira: candidatos que sequer podem entrar em determinadas comunidades porque ali quem manda são as facções. Se isso não é prova suficiente de que o sistema já foi completamente corrompido, eu não sei o que é. O que antes era domínio de grandes corporações e interesses econômicos, agora tem a participação entusiástica do submundo. Chegamos ao fundo do poço, com direito a aplausos.Mas calma, o melhor ainda está por vir. Prepare-se para o grande espetáculo! O prefeito e seu vice, barrados por acusações pesadas, não assumiram. E quem assume o cargo? Ah, essa é a cereja do bolo: nada menos que o presidente da Câmara de Santa Quitéria, eleito por um voto de diferença. Só isso já seria suficiente para levantar sobrancelhas, mas o enredo melhora.Quem é o pai do novo prefeito? Nada menos que o próprio candidato eleito e diplomado que foi impedido de tomar posse! Sim, você leu certo. É praticamente um roteiro de novela. E, como se não bastasse, há boatos – ou melhor, "suspeitas fortemente fundamentadas" – de que ele também mantém laços com as facções que dominam a cidade.Rir ou chorar? Escolha a sua reação. Uma coisa é certa: estamos presenciando o colapso da República, ao vivo e a cores. Cada dia mais, a vida exige coragem. E que Deus nos dê forças para sobreviver a essa barbearia chamada Brasil.Por Hamilton Vale

Rir ou chorar? Escolha a sua reação. Uma coisa é certa: estamos presenciando o colapso da República, ao vivo e a cores

Trágico, para não dizer cômico!

Pouco falo do meu passado, mas já fui um jovem cheio de entusiasmo. Trabalhei como educador social em Fortaleza, numa época em que sequer se falava em Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Participei ativamente dos fóruns dos Direitos da Criança e do Adolescente (DCA). Coordenei, ainda que por curto período, o Movimento Nacional dos Meninos e Meninas de Rua na Comissão Fortaleza. Depois, entrei no universo das políticas públicas, atuando nos conselhos municipais e estaduais. Cheguei a presidir, por duas gestões, o Conselho Municipal (COMDICA), onde, durante minha gestão, ajudamos na implantação dos Conselhos Tutelares. Minha trajetória política sempre deixou claro meu alinhamento à esquerda. Inclusive, cheguei a me filiar ao PT, num tempo em que ainda acreditava nos sonhos de uma sociedade mais justa. Dito isso, creio ter certa liberdade para fazer críticas à esquerda. Afinal, já estive lá. Mas por que essa introdução? Simples: para expor como alguns partidos manipulam seus simpatizantes e filiados. Vejamos o caso do PSOL. No segundo turno, entraram de cabeça na campanha de Leitão, mas agora, surpreendentemente, adotam uma posição de neutralidade. Que conveniente, não? Assumam um lado, mantenham a coerência! Esse é o tipo de esperteza que beira o cômico. Se a gestão de Evandro for positiva, certamente vão reivindicar que estavam do lado certo. Mas, se for um desastre, vão dizer que não assumiram cargos e se mantiveram independentes. O que dizer? É confortável, é cômodo.Pense nisso. A vida exige coragem.

Se a gestão de Evandro for positiva, certamente vão reivindicar que estavam do lado certo. Mas, se for um desastre, vão dizer que não assumiram cargos e se mantiveram independentes.

Situação cômoda! Simples assim.

Fortaleza se encontra em clima de transição política, e como de costume, o jogo das narrativas já começou. Desta vez, o protagonista é um deputado do PT, que apontou para um suposto "rombo" financeiro na prefeitura que será entregue ao prefeito eleito, Sr. Leitão. A acusação, no entanto, carece de números ou qualquer dado que sustente a afirmação. É uma espécie de "rombo Schrodinger": existe e não existe ao mesmo tempo, dependendo da narrativa que se deseja emplacar. Curiosamente, essa receita parece já conhecida. Sempre que o PT assume um cargo executivo, o discurso sobre heranças problemáticas reaparece, como um velho disco arranhado. Foi assim no governo federal, foi assim em outros estados, e agora, aparentemente, será assim em Fortaleza. Talvez seja um padrão, um tipo de "manual de transição". A população, porém, não parece disposta a aceitar justificativas genéricas ou promessas engavetadas. Um dos temas centrais da campanha do prefeito eleito foi a extinção da polêmica "taxa do lixo", que já mandou o atual gestor direto para a "reciclagem eleitoral". Será que o "rombo invisível" será usado como desculpa para manter a taxa? Ou talvez, para justificar uma eventual inércia administrativa, algo que tem sido uma marca registrada de gestões petistas, segundo os críticos mais ácidos. Afinal, o que se espera do Sr. Leitão é que, em vez de se perder em desculpas e retóricas, cumpra sua palavra. O eleitorado já cansou de promessas vazias embaladas em discursos bem articulados. É hora de limpar a cidade — e não estamos falando apenas de resíduos sólidos, mas também de narrativas tóxicas. Como bem sabemos, a política é uma arena de coragem. Resta-nos observar se o novo prefeito estará à altura do desafio ou se será apenas mais uma peça no tabuleiro das justificativas e da inação. Estaremos de olho. Afinal, o cidadão fortalezense já mostrou que sabe separar o que é lixo e o que merece ser reciclado.Por Hamillton Vale Pense nisso.A vida nos exige coragem.

O cidadão fortalezense já mostrou que sabe separar o que é lixo e o que merece ser reciclado

O Rombo Invisível e a Dança das Narrativas

Então, mais uma vez, muito prazer, senhor ilustríssimo deputado. Que sua trajetória futura seja capaz de responder à pergunta que ecoa: quem é, de fato, Júnior Mano? 

Muito prazer, Júnior Mano!

Já repararam como, em momentos de desgaste para o governo federal, surgem fatos ou declarações que acabam desviando a atenção do público e ocupando os espaços na mídia? Recentemente, a frase "Fuck you, Elon", atribuída à primeira-dama, é um exemplo emblemático. Agora, surge um novo episódio: a alegação de um plano para assassinar figuras da República. Se tais acusações forem reais, que os responsáveis sejam severamente punidos, com base em provas concretas e irrefutáveis. No entanto, se mais uma vez se tratar de uma denúncia sem fundamentos robustos, o episódio corre o risco de parecer uma manobra narrativa, algo que a sociedade está cada vez mais atenta. Esse tipo de estratégia, em vez de fortalecer o governo, tende a desgastá-lo ainda mais, reforçando, inclusive, a percepção de perseguição contra o governo anterior — uma percepção que, para muitos, já alcançou níveis históricos. A Justiça deve ser imparcial e alicerçada na legalidade. Punições precisam ser aplicadas com rigor, mas sempre acompanhadas de um devido processo legal, sem contemporização ou seletividade. A credibilidade das instituições está diretamente ligada à sua capacidade de agir com transparência, imparcialidade e respeito aos princípios constitucionais. O combate à impunidade é essencial, mas não pode ser transformado em ferramenta política ou em espetáculo midiático. O momento exige serenidade, coragem e comprometimento com a verdade,Por Hamillton Vale.

O combate à impunidade é indispensável, mas não pode ser desvirtuado para fins políticos ou transformado em espetáculo midiático.

O Contra-Golpe: Reflexões sobre Narrativas e Justiça

Meus amigos, passada a tensão eleitoral, o clima volta aos poucos à normalidade. Em matéria publicada no dia 11/11/2024, foi apontado que o deputado André Fernandes, candidato a prefeito de Fortaleza, conquistou apenas cerca de 50% dos votos dos principais adversários: Sarto, Wagner e Girão. Este cenário já era previsto, não por uma capacidade de prever o futuro, mas pela análise das pesquisas eleitorais, que indicavam uma tendência clara para o segundo turno. André enfrentava um alto índice de rejeição, e, em eleições, essa variável pesa tanto quanto as intenções de voto. É comum observar apenas os números brutos das intenções de voto e ignorar o conjunto da pesquisa, mas este é um erro estratégico. Agora, resta apenas "chorar sobre o leite derramado". O erro, a meu ver, começou com a falta de união entre os bons nomes da direita, que se lançaram em campanhas separadas, enfraquecendo o grupo e gerando divisões inevitáveis. O cenário acirrado desta última eleição contribuiu para estas divisões. Neste momento, é hora de "lamber as feridas", organizar melhor as estratégias e evitar projetos meramente pessoais. Tirar o PT do poder no Ceará não será uma tarefa fácil; é uma escalada íngreme, mas possível. Há bons nomes e uma população que vem demonstrando insatisfação com o atual grupo no poder, liderado pelo ministro Camilo Santana. Com uma "sede" pelo poder, ele tem "distribuído" cargos e influência a aliados. Exemplo claro é a candidatura de Evandro à prefeitura, enfrentando uma disputa acirrada, enquanto Elmano ocupa o governo e, segundo rumores, agora pretende emplacar o cunhado da sua esposa o deputado estadual Fernando Santana para a presidência da Assembleia. Como diz a música: “tá dominado, tá tudo dominado”. Pensem nisso. A vida nos exige coragem.Por Hamillton Vale

O cenário acirrado desta última eleição contribuiu para estas divisões.

A VIDA NOS EXIGE CORAGEM

Professor Hamillton Vale