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O preço do ovo disparou nas últimas semanas e já ultrapassa o valor do quilo do frango em supermercados de Fortaleza. Atualmente, uma bandeja do alimento pode ser encontrada por até R$ 30, superando o preço do quilo do frango, comercializado a partir de R$ 25,90, e se equiparando ao valor da bisteca suína. A alta tem pesado no orçamento dos consumidores e reflete um movimento mais amplo de encarecimento dos produtos essenciais, que inclui carne, gasolina e café.

Fatores por trás da alta do ovo

Especialistas apontam que a valorização do ovo está ligada a um desequilíbrio entre oferta e demanda no mercado internacional. Nos Estados Unidos, um surto de gripe aviária levou ao abate de milhões de galinhas, reduzindo drasticamente a produção de ovos no país. Como consequência, os norte-americanos passaram a importar mais ovos de outras nações, o que impactou os preços globais e elevou os custos para o consumidor brasileiro.

Apesar de o ovo ter encerrado 2024 com deflação, o cenário mudou em 2025, com uma escalada nos preços observada já no início do ano. A maior procura pelo produto, aliada à pressão do mercado internacional, tem mantido a tendência de alta nos supermercados.

Produção no Ceará e impacto nos consumidores

O Ceará se destaca como um dos principais estados produtores de ovos no Brasil. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado produziu 61,3 milhões de dúzias de ovos apenas no primeiro trimestre de 2024. Além disso, a Associação Cearense de Avicultura (Aceav) aponta que o Ceará ocupa a sétima posição no ranking nacional de produção de ovos.

Mesmo com esse volume expressivo de produção, o preço elevado tem preocupado os consumidores, que veem o ovo — tradicionalmente uma alternativa mais acessível à carne — se tornando um item cada vez mais caro na cesta básica.

Inflação afeta produtos essenciais

A alta no preço do ovo não é um caso isolado. Outros itens essenciais também registram aumentos expressivos, como a carne, a gasolina e o café. A combinação de fatores como oscilações no mercado internacional, custos logísticos elevados e instabilidades climáticas tem pressionado os preços, tornando o custo de vida cada vez mais alto para a população.

Diante desse cenário, consumidores e comerciantes acompanham atentamente a evolução dos preços, enquanto especialistas alertam para os desafios que a inflação dos alimentos pode trazer ao longo de 2025.

Foto: Divulgação