Ceará eleva ICMS sobre compras internacionais; imposto sobe para 20% em 10 estados
Além do ICMS estadual, compras internacionais de até US$ 50 também estão sujeitas a uma taxa adicional de 20% referente ao imposto de importação, vigente desde agosto de 2023


A partir desta terça-feira (1º), o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre compras internacionais sofrerá reajuste em dez estados brasileiros, incluindo o Ceará. A alíquota, que até então era de 17%, passará a ser de 20% nessas unidades federativas.
Até a última segunda-feira (31), todos os 26 estados e o Distrito Federal aplicavam uma taxa uniforme de 17% sobre encomendas internacionais. Com a nova decisão, o aumento de tributação será implementado nos seguintes estados:
- Acre
- Alagoas
- Bahia
- Ceará
- Minas Gerais
- Paraíba
- Piauí
- Rio Grande do Norte
- Roraima
- Sergipe
Além do ICMS estadual, compras internacionais de até US$ 50 também estão sujeitas a uma taxa adicional de 20% referente ao imposto de importação, vigente desde agosto de 2023. Com essa mudança, segundo grandes importadoras, a carga tributária total sobre essas compras pode chegar a 50% do valor do produto. Por exemplo, um item adquirido por R$ 100 poderia ter um custo final de R$ 150.
A medida tem sido defendida por varejistas nacionais, que alegam uma tributação mais elevada sobre empresas brasileiras e consideram a mudança um avanço na busca por "isonomia tributária".
A decisão foi tomada em dezembro pelo Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda (Comsefaz), mas passa a vigorar apenas agora, em abril. “Essa mudança reforça o compromisso dos estados com o desenvolvimento da indústria e do comércio nacional, promovendo uma tributação mais justa e contribuindo para a proteção do mercado interno frente aos desafios de um cenário globalizado”, declarou o comitê à época.
Em 2024, os estados chegaram a discutir um aumento da alíquota do ICMS para 25% em todo o território nacional, mas a decisão foi postergada. De acordo com os governos estaduais, o ajuste atual visa garantir "isonomia competitiva entre produtos importados e nacionais, incentivando o consumo de bens produzidos no Brasil".
O Comsefaz ressaltou que a medida busca estimular o setor produtivo interno e ampliar a geração de empregos, especialmente diante da crescente concorrência com plataformas de e-commerce internacionais.
Foto: Divulgação
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