Após caso Maiko do Chapéu, Câmara de Várzea Alegre pode endurecer punições para violência contra mulher
Procuradoria da Mulher propõe mudança no Código de Ética após caso envolvendo vereador acusado de violência.


Procuradoria da Mulher envia proposta de mudança no Código de Ética após repercussão negativa do caso de agressão supostamente cometido por vereador contra ex-companheira.
A Câmara Municipal de Várzea Alegre foi oficialmente provocada a rever suas próprias regras de conduta após um episódio que chocou a sociedade local: a acusação de agressão a uma mulher por um de seus parlamentares. Nesta semana, a Procuradoria Especial da Mulher enviou à Mesa Diretora da Casa Legislativa um Projeto de Resolução que propõe a alteração do Código de Ética Parlamentar, com o objetivo de endurecer punições em casos de violência contra mulheres.
A iniciativa é diretamente motivada pelo caso do vereador Maiko de Moraes, o Maiko do Chapéu (MDB), que foi afastado por 60 dias, sem remuneração, após ser acusado de agredir a ex-namorada no fim de 2024. O caso ganhou enorme repercussão na cidade e provocou indignação pública, tanto pela gravidade da denúncia quanto pela leveza da penalidade aplicada pela Comissão de Ética da Câmara, que, à época, justificou estar limitada pelo atual regimento.
A vereadora Ciete Bezerra (PT), Procuradora Especial da Mulher e presidente da Comissão de Ética, apresentou o ofício que deu origem ao projeto de resolução.
Segundo Ciete, o novo texto em análise tem como objetivo corrigir lacunas do atual Código de Ética, permitindo à Casa aplicar sanções mais rigorosas em situações de agressão ou condutas que atentem contra os direitos humanos, especialmente os das mulheres.
A previsão é que a proposta seja votada no segundo semestre, já a partir de agosto.
O caso de Maiko do Chapéu não apenas abriu uma ferida na imagem da Câmara, mas também expôs o quão frágeis são os mecanismos institucionais diante de atos de violência cometidos por quem ocupa cargos de poder. A sociedade exige respostas. E, agora, o Legislativo se vê pressionado a deixar de ser apenas um palco de discursos e tornar-se também um instrumento de justiça.
A vereadora Ciete Bezerra (PT) enviou à redação os documentos que embasam a proposta de alteração do Código de Ética Parlamentar, material que deu origem ao Projeto de Resolução apresentado pela Procuradoria da Mulher.
Nas redes sociais, a parlamentar também publicou uma Nota Pública intitulada “Pela dignidade e respeito às mulheres”, reforçando seu posicionamento firme diante de casos de violência contra mulheres e a necessidade urgente de mudanças no regimento da Casa Legislativa.
O EscotilhaNews também entrou em contato com a vereadora Menésia Simeão (PT), atual presidente da Câmara Municipal de Várzea Alegre, para comentar sobre a proposta de alteração do Código de Ética e os desdobramentos do caso envolvendo o vereador Maiko do Chapéu. Até o fechamento desta matéria, a parlamentar não retornou nosso contato.
Foto: Arquivo EscotilhaNews
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