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Lukinha morreu. Os culpados têm mandato!

O que matou Lukinha não foi o asfalto, foi a omissão política e o silêncio cúmplice do poder

Publicado em 01/07/2025 18:22
Por Redação Escotilha
Em Opinião
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Lukinha morreu. Os culpados têm mandato!
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Na noite de segunda-feira, 30 de junho, a cidade de Várzea Alegre perdeu mais um jovem para a escuridão. Lukinha, com apenas 29 anos, teve a vida ceifada em um trecho da BR-230, precisamente no bairro Sanharol, onde há anos impera o breu, a ausência de sinalização e a indiferença do poder público. Quem matou Lukinha não foi apenas um acidente — foi a negligência oficializada, o descaso institucionalizado e a omissão criminosa de uma gestão que há mais de duas décadas se sustenta no poder à custa do sofrimento do povo.

É revoltante ver o silêncio cúmplice dos vereadores, muitos dos quais se limitam a bater palma para o prefeito enquanto o povo morre. Alguns ainda têm a audácia de ir à tribuna para defender o indefensável, como se fosse normal que uma cidade entregue seus filhos à morte por falta de poste, de lâmpada e de tinta no asfalto. O silêncio deles é ensurdecedor. A omissão, criminosa.

A Constituição Federal é clara: a responsabilidade pela iluminação pública nos trechos urbanos de rodovias federais é do município. Não adianta empurrar para o DNIT o que é dever da Prefeitura. O trecho onde Lukinha morreu está dentro do perímetro urbano de Várzea Alegre. A rodovia pode ser federal, mas quem tem o dever legal e moral de instalar, manter e pagar pela iluminação pública nesses locais é a administração municipal. E o que foi feito até hoje? Nada. Absolutamente nada.

Durante mais de 20 anos, o mesmo grupo político se revezou no comando da cidade. Tempo mais do que suficiente para iluminar cada centímetro de rodovia que corta o nosso perímetro urbano. Mas o que vemos é o contrário: ruas escuras, sinalizações apagadas, cruzamentos perigosos e vidas perdidas. Tudo isso enquanto gabinetes são refrigerados, salários altos são pagos em dia e festas públicas são financiadas com gosto.

A morte de Lukinha é um grito. Um grito contra a arrogância de quem acha que vai se perpetuar no poder blindado pela propaganda e pelos bajuladores de plantão. É um grito contra vereadores que se calaram diante da tragédia, preferindo a conveniência da omissão à responsabilidade do mandato. É um grito de todos os varzealegrenses que já não suportam ver seus entes queridos sendo enterrados por culpa de um Estado que virou as costas para o seu povo.

Lukinha não é estatística. Ele é símbolo de uma cidade que clama por respeito. O sangue dele está nas mãos de cada gestor que fingiu que não era com ele, de cada vereador que achou que cobrar era se indispor com o “chefe”, de cada autoridade que preferiu proteger seu cargo a proteger a vida de um cidadão.

Que fique claro: isso não foi um simples acidente. Foi um crime. E os culpados têm nome, cargo e CPF.

Várzea Alegre não merece morrer assim.

Por — Capitão Horizonte

Coluna Política na Lata – aqui a verdade não se esconde atrás de cortinas.

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