Fakes de Várzea Alegre: Promotoria de Justiça Eleitoral dará parecer final

Suspeitos permaneceram calados em interrogatório da Polícia Federal

O relatório da Polícia Federal concluiu pelo encerramento das investigações e afirma que “não resta nos autos elementos suficientes que apontem a autoria do delito ora em apuração”, contrariando as provas dos autos; já que os relatórios das operadoras de telefonia são claros em informar que as linhas telefônicas usadas pelos perfis fakes pertencem a Antônio Arthur e a Carlos Avelang, respectivamente.

Ambos os suspeitos permaneceram calados em seus interrogatórios, utilizando do direito constitucional de ficarem em silêncio. Outra conclusão do relatório policial é no sentido de que “a autoridade policial não vislumbra outras diligências a realizar, notadamente em razão da prescrição que se avizinha”.

O EscotilhaNews entrou em contato com a Dra. Ana Cláudia Guimarães, advogada das vítimas, que nos reportou o seguinte:

“Cumpre esclarecer que a prescrição ocorre quando o Estado deixa de punir o agente criminoso no prazo legal e não significa que os culpados sejam inocentes, mas que o crime deixou de ser apurado dentro do prazo previsto na lei. Com relação ao caso em comento, a titularidade da ação penal é pública, ou seja, caberia ao Ministério Público e não às vítimas agirem dentro do prazo legal”

Dra. Ana Cláudia frisou ainda que o processo não foi arquivado, pois aguarda parecer da Promotoria de Justiça Eleitoral. Segundo ela, independente do posicionamento do Ministério Público, diante das provas colhidas por meio das informações prestadas pelas operadoras telefônicas, que poderão ser utilizadas como “provas emprestadas”, as vítimas poderão ingressar com a ação cível competente para que o caso não fique totalmente impune e os responsáveis pelos fakes sejam punidos no âmbito da esfera cível.

IMPUNIDADE

Em matéria veiculada no portal Varzeaalegreagora, e replicada na sua página do Facebook, é visível nos comentários a preocupação de populares com relação à impunidade nesse tipo de caso.

“Isso vai dar margens pra criarem outros, já que os autores ficaram impunes”, diz um dos comentários. “Isso acaba em ND, como TD tipo de crime compensa no Brasil”, cita outro comentário.

Foto: ilustração

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